segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O CRISTÃO E O TRÂNSITO


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A
 violência no trânsito é uma grave questão no mundo e em nosso País. O Brasil é responsável pelo maior número de mortos em acidentes no mundo. São mil acidentes por dia, com cerca de 100 óbitos, totalizando 35 mil por ano. 70% dos leitos em hospitais públicos são ocupados por vítimas de trânsito.

Esta violência no trânsito está matando e mutilando anualmente milhares de pessoas, e dilapidando a vida de famílias que estão perdendo seus entes queridos. Diariamente na imprensa são estampadas manchetes de gravíssimos acidentes com vítimas fatais. E esta discussão sobre a segurança no trânsito ganhou força nos últimos dias com o acidente que envolveu um empresário que dirigia seu Porsche a 150 km/h e que resultou na morte de uma jovem advogada, de apenas 28 anos. 

Mas o que nós cristãos, na condição de pedestres ou de motoristas, temos a ver com o comportamento no trânsito? O que nós motoristas que professamos a fé cristã podemos fazer para ajudar a mudar estas triste realidade? Embora não seja novidade vão aqui algumas pequenas dicas:

1)      Reciclar ou fazer atualização da legislação de trânsito: O Código de Trânsito é um conjunto de regras criadas com a finalidade de ordenar o comportamento dos usuários no trânsito. Precisamos conhecer bem estas regras e nos submeter a elas. O cristão deve obedecer ao governo e suas leis (1 Pe 2.13; Rm 13.1-2, 5). De fato, Deus espera que o cristão respeite e se submeta à autoridade de todas as formas (Tito 3.1). Uma atitude revolucionária é condenada (Pv. 24.21-22). Portanto, em obediência a Deus e às autoridades, precisamos conhecer as leis e normas que regem o trânsito e nos submetermos a elas.

2)      Estudar novamente as leis da Direção Defensiva:Direção Defensiva é dirigir de modo a evitar acidentes apesar das ações incorretas dos outros e das condições adversas que encontramos nas vias de trânsito”. Você pode acessar a internet e fazer o download deste curso. Reserve alguns minutos de seu dia e leia com atenção os vários conselhos dados por especialistas do trânsito. Jesus disse: “Tudo quanto, pois quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles” (Mt 7.12).  Esse conselho do Senhor pode ajudar a amenizar alguns dos piores problemas de trânsito. Se todos pensarem apenas na sua própria conveniência, mesmo o melhor código de transito não será suficiente para evitar acidentes.  

3)      Rever as normas de uma boa cidadania: O comportamento errado no trânsito reflete uma crise de valores e da ética cristã. Dirigir em alta velocidade, furar o farol vermelho, estacionar em local proibido, não apenas é uma infração das leis de trânsito, como também é um desrespeito à vida humana e um péssimo testemunho cristão. Sendo assim, o trânsito representa um laboratório, onde é possível observar o quanto as pessoas estão comprometidas com valores cristãos (Mt 5.14-16). Ser "veloz", "esperto" ou "levar vantagem" são valores presentes em boa parte da sociedade. Mas são insustentáveis do ponto de vista da ética cristã e das necessidades da vida coletiva. E o que falar das emoções como raiva, ansiedade e agitação que afetam o comportamento ao volante e podem levar a decisões impensadas e a acessos de fúria, provocando acidentes e colocando a vida de outras pessoas em risco.

Um trânsito mais gentil depende também de nós. Além do mais, não podemos esquecer o fato de que, como cristãos, devemos refletir a Cristo e o seu irreparável padrão de conduta, seja em casa, no trabalho, na escola, na igreja ou no trânsito.

Rev. Gildásio Reis             _______________________________________________________

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