Introdução: Certa vez um professor de escola dominical perguntou “O que é fé?” De pronto, uma criança respondeu: “Fé é quando você crê de todo o coração em algo que você sabe que não existe!”
Com este exemplo, Paul E. Little (1928–1975) dá início a um tema de extrema relevância para a vida do cristão - mostrar que devemos rejeitar a idéia de que a fé cristã é desprovida de razões que justificam crer naquilo que cremos. E além disso, devemos procurar conhecer bem nossa fé para defendê-la diante de seus críticos.
G. K. Chesterton (1874-1936) observou que “o cristianismo era atacado de todos os lados e por to¬das as razões contraditórias” . E Schaffer, igualmente afirmou: “o cristianismo histórico será atacado em todas as épocas”.
Em nossos dias, pelas mais diversas razões, a fé cristã tem sido alvo de muitas críticas. Precisamos admitir que boa parte destes ataques deve-se em razão da própria complexidade do cristianismo. Complexidade esta que muita gente, especialmente, os não-cristãos, não tem a mínima compreensão. E muitas outras críticas são infundadas, superficiais e levianas. Dai um forte motivo para utilizarmos a apologética e estarmos bem preparados para dar respostas a estas acusações e incompreensões.
Temos um bom exemplo da superficialidade destas críticas. Em um debate, quando um socialista de nome Blatchford citava as razões pelas quais não con¬seguia aceitar o cristianismo, Chesterton respondeu de maneira bem-humorada: "Se eu oferecesse todas as minhas razões para ser cristão, a grande maioria seria exatamente as razões que o senhor Blatchford daria para não o ser".
Temos dois grandes objetivos com este curso. Primeiramente, preparar cristãos para dar respostas às objeções dos não-cristãos. E num segundo plano, fortalecer nossa fé como cristãos. Paul Little fez uma afirmação sobre este segundo objetivo:
Quando alguém nos diz que a única razão de crermos é devida a nossos pais e nosso passado religioso, devemos poder mostrar a nós mesmos e aos outros que o que acreditamos é objetivamente verdadeiro, independentemente de quem nos disse.
Francis Schaeffer, também entende que há pelo menos duas razões para fazermos uso da apologética. Ele diz:
"Tais respostas são necessárias, em primeiro lugar, para mim mesmo, como cristão, caso queira manter minha integridade intelectual e se estou mantendo unidas a minha vida pessoal, devocional e intelectual. Em segundo lugar, essas respostas são necessárias por amor àqueles por quem sou responsável".
Pensando na primeira razão para usarmos a apologética, é bom saber que não precisamos ficar na defensiva sempre que nos vemos em meio a conversas informais, onde o evangelho é questionado ou nossa fé é criticada. Não precisamos nos sentir acuados diante dos questionamentos dos incrédulos. Temos e precisamos oferecer respostas às suas indagações.
Alguns irmãos podem ficar assustados, ao ouvirem a palavra “apologética”, pensando que seu uso é uma especialidade reservada apenas aos “grandes” intelectuais cristãos. Mas não é bem assim. Defender a fé pode ser bem mais simples. Edward Veith, nos ensina que
Uma das melhores maneiras na qual os cristãos podem testemunhar a alguém hoje, tanto para os inimigos ativos quanto para o número bem maior de ignorantes e indiferentes, é simplesmente informá-los objetivamente do que se trata a fé cristã. Normalmente, não é necessário discutir, envolver-se em discussões exotéricas profundas, ou até mesmo defender-se. Simplesmente explicar.
Rev. Gildásio Reis (Th.M)
segunda-feira, 26 de abril de 2010
A APOLOGÉTICA NA EVANGELIZAÇÃO
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