quarta-feira, 10 de junho de 2009

Cidades: Fronteiras Missionárias no Séc. XXI

A cidade tem sido objeto de estudo de várias áreas do saber, tais como a sociologia, a antropologia, a história, bem como a teologia. A Bíblia menciona a cidade inúmeras vezes e não poderia ser diferente, considerando que a cidade é uma realidade “humana”.

Freqüentemente, temos feito uma leitura do texto bíblico numa perspectiva rural. Não obstante, o povo de Israel ter sido um povo de comunidade rural durante grande parte de sua história, não se pode negar que a Bíblia é um livro também urbano. Nela encontramos referências às cidades de Roma (650 mil habitantes), Alexandria (400 mil habitantes), Éfeso (200 mil habitantes), Antioquia (150 mil habitantes), apenas para citar algumas.[1] Muitos dos personagens bíblicos foram pessoas da cidade. Davi, Salomão, Jeremias e Isaías viveram e trabalharam em Jesrusalém. O profeta Daniel ocupou um importante cargo na Babilônia. E com Neemias pode-se aprender princípíos de organização e planejamento urbanos (HOFFMANN, 2007, p.56).

O cristianismo primitivo foi um movimento urbano com o compromisso de enfrentar os desafios de sua época. Não tem sido diferente agora no séc. 21. É preciso perceber que a cidade, ainda em nossos dias, se apresenta de maneira desafiadora para a igreja, conclamando-a a entender a sua realidade. Sem essa compreensão a igreja não terá uma ação relevante no ambiente citadino.

Tomei a iniciativa de criar este blog, o qual é um instrumento da cidade do séc. XXI, para ser um espaço de reflexão sobre o fenômeno urbano e, buscarmos com outros colegas e amigos, alternativas para a ação integral da igreja na cidade.

Espero contar aqui com suas sugestões, críticas, e coperação com textos sobre a missão da igreja na cidade.

Anote aí meu e-mail: gildasioreis@terra.com.br

Rev. Gildásio Reis

[1] Estes dados, fruto de um estudo realizado por Chandler e Fox, que trabalharam para documentar as populações mais antigas, estão citadas na obra do sociólogo Rodney Stark em “O Crescimento do Cristianismo”. São Paulo, SP: 1996 pp. 147-149.

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